Os números do ídolo Marcos na história do Palmeiras

Agência Palmeiras
Fábio Finelli

Depois de 20 anos de dedicação exclusiva ao Palmeiras, o goleiro Marcos optou por pendurar as luvas. O camisa 12 fez seu último jogo no dia 17 de setembro, no empate em 1×1 com o Avaí, no estádio da Ressacada. Depois disso, em razão de dores no joelho, ficou de fora das últimas 14 partidas do Campeonato Brasileiro. Apesar de ter atuado pouco em 2011, Marcos foi um dos destaques do time nas 27 partidas em que esteve em campo na temporada, encerrando o prêmio Bola de Prata da revista Placar na terceira posição.

Pelo Verdão, já são 532 partidas disputadas. Ele é o sétimo atleta que mais jogou pelo clube -está atrás apenas de Ademir da Guia (901 jogos), Leão (617 jogos), Dudu (609 jogos), Waldemar Fiúme (601 jogos), Valdemar Carabina (584 jogos) e Luís Pereira (568 jogos). Entre os goleiros, é o segundo que mais atuou na história alviverde, atrás apenas de Leão (617 jogos).

> Marcos em números:

Marcos e o início no Verdão: Estreou pelo time sub-20 em 2 de maio de 1992, no empate em 2×2 contra o Santos, no Palestra Itália. Em 16 de maio de 1992, faz sua primeira partida na equipe profissional no amistoso contra a Esportiva de Guaratinguetá, na vitória por 4×0. Em 22 de maio de 1992, sagra-se campeão dos juniores pelo clube, na vitória de 2×1 sobre o Botafogo de Ribeirão Preto. No dia 19 de maio de 1996, começa pela primeira vez uma partida como titular em jogos oficiais, na vitória de 4×0 sobre o Botafogo de Ribeirão Preto, pelo Paulistão. De quebra, defende um pênalti, o primeiro da carreira como profissional. Em 10 de outubro de 1996, é convocado pela primeira vez para a seleção brasileira pelo técnico Zagallo, mesmo sendo reserva de Velloso.

 

São Marcos: Em 5 de maio de 1999, ‘nasce’ o São Marcos. Brilha na vitória sobre o Corinthians, nas Quartas-de-Final da Copa Libertadores e é eleito o melhor atleta da disputa após a conquista sobre o Deportivo Cali-COL. Em 13 de novembro de 1999, estreia com a camisa da seleção no empate em 0x0 com a Espanha, em Vigo. Na Libertadores de 2000, brilha mais uma vez e defende pênalti em cobrança do corinthiano Marcelo Carioca.

Gol!: Marcos já fez um gol na carreira profissional, de pênalti, no Campeonato Paulista de 2001. A partida aconteceu no estádio Palestra Itália, contra a Inter de Limeira. De acordo com o regulamento da época, os jogos da competição que terminassem empatados seguiam obrigatoriamente para as cobranças de penalidades e Marcos foi um dos batedores na ocasião.

Nova Era: É titular e um dos principais destaques de toda a Copa do Mundo de 2002, disputada no Japão/Coréia. Na conquista do pentacampeonato contra a Alemanha, faz duas defesas milagrosas e sai como um dos melhores em campo. Em 20 de janeiro de 2003, recusa proposta milionária do Arsenal-ING e fica para reconduzir o Palmeiras à elite do futebol nacional. Nos anos de 2006 e 2007, atua em apenas 26 partidas (13 em cada um dos anos) em razão de lesões musculares, na clavícula e no braço direito. Entre janeiro e maio de 2008, faz um trabalho especial de preparação física e é um dos mais regulares do time. Fecha o gol contra o São Paulo e Ponte Preta, sagrando-se campeão Paulista. Em 2009, após ótimas atuações, tem o nome cotado para voltar ao gol da seleção brasileira.

Marcos em números: Dos 532 jogos pelo Palmeiras, as competições que mais atuou foram: Brasileiro (202 jogos), Paulistão (131 jogos), Copa Libertadores (57 jogos), Copa do Brasil (36 jogos), Torneio Rio-SP (32 jogos), Brasileiro da Série B (32 jogos) e Copa Mercosul (15 jogos). Somada todas as disputas sul-americanas, Marcos soma um total de 85 partidas. É disparado o jogador da história do clube que mais atuou partidas de Libertadores, em 57 jogos (o meia Alex, com 39 partidas, aparece em segundo) e também o que mais atuou no estádio Palestra Itália, em 211 partidas (Ademir da Guia é o segundo, com 184).

Marcos nos pênaltis: É o goleiro em atividade no país que mais defendeu cobranças de pênalti, 33 no total. Esse número chega a 45 se forem computados os chutes que não resultaram em gol enquanto Marcos esteve debaixo da trave. Desde a primeira defesa, em 1996 (vitória de 4×0 sobre o Botafogo, pelo Paulistão), até a última, quando defendeu três pênaltis contra o Atlético-GO na Copa do Brasil de 2010, o camisa 12 é referência nesse quesito.

Todos os títulos do Santo: Campeonato Brasileiro 1993 e 1994, Torneio Rio-São Paulo 1993 e 2000, Campeonato Paulista 1993, 1994, 1996 e 2008, Copa Mercosul 1998, Copa do Brasil 1998, Copa Libertadores da América 1999, Copa dos Campeões 2000 e Campeonato Brasileiro Série B 2003; Torneio Lev Yashin (Rússia) 1994, Copa Euro-América 1996, Taça Governador de Goiás 1997, Torneio Maria Quitéria 1997, Troféu Naranja (Espanha) 1997; Pela seleção: Copa América 1999, Copa do Mundo 2002 e Copa das Confederações 2005, todas como titular em um total de 29 jogos com a camisa amarelinha.

Principais premiações: Melhor jogador da Copa Libertadores da América 1999, primeiro goleiro eleito como melhor jogador da Copa Libertadores da América 1999, Primeiro goleiro a ser eleito melhor jogador de uma edição da Libertadores (Recorde), Único jogador da Seleção Brasileira a não ser substituído na Copa do Mundo de 2002 (Recorde), Eleito um dos principais atletas da Copa do Mundo de 2002, eleito entre os três melhores goleiros do Prêmio Craque do Brasileirão 2008 e 2009, Vencedor do confronto "Quem é o melhor?",realizado pela TV Globo no programa – "Esporte Espetacular", com 66% dos votos em 2009.